O bairro de Feira X que é um dos mais populosos de Feira de Santana, deve-se à presença da Igreja Católica.
Por Mário de Carli *
Fotos: Arquivo IMC
Padre Claudio Cobalchini, crianças e fiéis em encontro sobre a Campanha da Fraternidade 2014.
Lá do alto do Dispensário Santana, já quase no centro de Feira de Santana, Bahia, a irmã Rosa Aparecida, que é da Congregação Religiosa do Santíssimo Sacramento contemplava o bairro que no horizonte crescia a olhos vistos. Animou-se e numa manhã de domingo, chegou ao Mochila, que fica no Feira X. Ali instalou seu sistema de som numa carreta aberta e fez o primeiro anúncio do Evangelho. As poucas lojas e bares fechavam suas portas, a gente fazia silêncio e se aglomerava para ouvir o que a freira tinha a dizer. Os pés por onde as pessoas caminhavam estavam em cima de um chão lamacento. Enquanto o chão era aterrado, os corações das pessoas enchiam-se da mensagem divina, ruas estreitas foram abertas, casas construídas. Surgiu o comércio, basicamente familiar, que se alastrou pelas vielas e ruas. Em pouco tempo tudo crescia tal qual jardim.
O bairro de Feira X que é um dos mais populosos de Feira de Santana, deve-se à presença da Igreja Católica. Ela foi o centro propulsor e a força motriz para esta visibilidade. A escolha do local para ser construída a igreja só foi possível pela resistência e um piquete de 24 horas feito pelos cristãos para não perder o terreno. E quem não saiu perdendo foi a população. A partir de 1996, a presença dos missionários da Consolata foi significativa para que o carisma da consolação se fizesse presente num solo que produzia frutos. Com a Igreja houve melhorias no campo social, desde a luta por ruas mais condizentes, a coleta do lixo, a vinda de água e da luz, as casas comerciais cresceram. Construíram-se escolas, creches, associações, centros de apoio aos usuários de droga, os Postos de Saúde Familiar (PSFs). São sinais de que a Palavra foi semeada e cresceu em cima desse chão aterrado. A presença e a ação de cada missionário da Consolata através das visitas às famílias, da organização das comunidades de Vila Verde, no Jussara, Viveiros e da igreja da Santíssima Trindade, ficam imagens positivas, lembranças não esquecidas de cada um.
