O encontro serviu para criar nos animadores a necessidade de “atualizar, modernizar, melhorar a proposta vocacional, para que seja mais atraente para os jovens de hoje.
Por Padre Paulo Mzé
Fotos: Cleber Pires e Jaime C. Patias
Os missionários e as missionárias da Consolata encerraram, neste domingo (20) o encontro que desde segunda-feira (14) reuniu, em São Paulo, cerca de 31 animadores e animadoras entre missionários, missionárias, leigos e jovens da Consolata.
A Revista Missões acompanhou o encontro e pelo seu término colheu alguns depoimentos dos participantes. Perguntado se o encontro havia descoberto o caminho das pedras para um novo despertar vocacional para vocações religiosas e consagradas, o coordenador continental da Animação Missionária Juvenil e Vocacional, no continente, padre Danilo Caraballo, que trabalha na Argentina, disse que “o manual de acompanhamento vocacional não foi feito para servir de receita. Ele contém códigos que nos ajudam a nos aproximar dos jovens, mas que não são receitas. Até porque, a realidade dos jovens é muito dinâmica. O importante na nossa vida é a conversação; o testemunho de vida; a receita mágica é a oração, a formação”. Sobre o encontro, especificamente, o padre Danilo afirmou que o encontro foi fruto de muitas reuniões, muitas conversas no continente.
O padre Stanslaus Joseph que trabalha na Colômbia, afirmou que: “o encontro é uma grande experiência de trabalho no espírito de continentalidade. Estamos procurando trabalhar juntos, buscando construir um projeto comum”.
Sobre a busca de vocações no continente disse que o encontro serviu para criar nos animadores a necessidade de “atualizar, modernizar, melhorar a proposta vocacional, para que seja mais atraente para os jovens de hoje. Por isso, este encontro visou buscar novos métodos atrativos, e melhor proposta vocacional”.
O superior dos missionários da Consolata no Brasil, padre Luiz Carlos Emer, disse que “estes dias nos ajudaram a sentir mais o que os nossos irmãos estão fazendo, a gente percebe que alguns deles tem uma caminhada muito interessante. Sentir que podemos fazer muito mais. A AMJV não se faz só com a boa vontade. Precisa de pessoas animadas; pessoas entusiasmadas e depois pessoas que tenham ferramentas apropriadas para isso; que tenham preparação teórica e prática, que ajudem a fazer uma animação que não seja uma pregação, mas que ela tenha uma sistematização, que seja um processo”.
O diácono Pablo Sosa, que trabalha na Argentina afirmou que foi “incrível perceber durante o encontro como foram sendo criados dispositivos; é incrível como durante o encontro, os animadores foram dando ferramentas para criar dispositivos para sermos mais eficazes no trabalho como animadores juvenis e missionários”.
Para o jovem colombiano, Yecid Blanco, o encontro “valorizou os esforços dos missionários e missionárias da Consolata por criar caminhos continentais para os jovens latino-americanos. Este encontro favorece para criar ferramentas, visões, incluindo sonhos partilhados, onde é feita a AMJV e continuando a traçar melhores propostas e seguir fortalecendo e mudando o que não cria resultados e criando novas intuições”. O segredo para novas vocações é este que está sendo buscado juntos.
Para Brenda Guadalupe, jovem mexicana, o encontro serviu para “descobrir que a maioria dos jovens enfrentam os mesmos desafios; os jovens precisam ser escutados; precisam de mais liberdade de expressão; de menos tabus”. O encontro procurou “traçar planos estratégicos para que o jovem encontre a sua vocação a partir de dinâmicas mais atrativas”. Perguntada se recomendaria o encontro a outros jovens, Brenda disse que no “encontro de descobriu que há novas formas de chegar; novas formas de enxergar a vida leiga e missionária, deixando de ser profissional tendo em conta a missão”.
A irmã Pasquita Jacob Kikula, missionária da Consolata disse que “foi uma oportunidade de aprendizagem e partilha de sonhos, de fraternidade. Estes dias foram momentos de aprendizagem e partilha de sonhos para ajudar as juventudes para descobrirem o sentido da vida. Também serviu para me animar missionariamente”.
O missionário Charles Kineyosa que vai iniciar o trabalho a AMJV na Venezuela disse que ficou com a impressão de que “o ambiente familiar foi a característica dos missionários e missionárias da Consolata; a alegria do encontro. Foram nos dado instrumentos, ferramentas para trabalhar com os jovens”.
A colombiana irmã Angélica Guevarra que trabalha na sua terra natal, disse que “o encontro foi uma experiência boa à medida que criou oportunidade para partilhar e combinar ideias dos missionários, missionárias e leigos e leigas missionários da Consolata. Cada um com a sua especificidade com as experiências adquiridas nos seus lugares de trabalho, de missão, podendo abordar ideias e suas experiências de missão”. “Criou a possibilidade de partilhar as experiências que deram certo em algum lugar e podem dar certo sem implementadas em outros lugares com mundo juvenil. Precisamos nos preparar mais para trabalhar o mundo juvenil; precisamos nos organizar, nos organizar cada vez mais”.
O conselheiro geral dos Missionários da Consolata para América, padre Jaime Carlos Patias agradeceu ao trabalho da comissão do serviço de AMJV do continente. Primeiro, “pelo trabalho tendo em conta a falta de vocações no continente”. Segundo, “dada a dificuldade de uma linguagem comum, pelo fato de respeitar as diversidades dos países a busca de caminhos e processos de cada circunscrição que são cinco. Estamos buscando esse processo de construir uma linguagem comum. Para tal, foi produzido o Manual de Acompanhamento Vocacional. E o terceiro, “procurar construir respostas satisfatórias”.
Para a jovem venezuelana Orla Marisabel, ao longo destes dias, “primeiro, sinto-me amada por ter sido escolhida para poder participar deste encontro. Segundo, sinto-me muito comprometida para reavivar o ardor missionário nos jovens em tempo de pandemia da Covid-19. Por conta disso, tivemos que parar um pouco e gora poder participar a ponto de agora não ter uma meta, um sonho. E a partir do que foi aprendido aqui aplicar estas estratégias na minha terra”.
Para o padre Mauricio Guevara, superior dos Missionários da Consolata na Argentina, e representante da AMJV no conselho continental dos missionários da Consolata, o encontro foi “positivo com a participação dos missionários, missionárias e leigos e leigas da Consolata”. “Estamos buscando um novo jeito para fazer a AMJV no continente”. “O encontro permitiu a possibilidade de encontrar muitos jovens. Novos missionários abraçando o trabalho de AMJV”. “Junto a outras causas, os jovens são uma das opções missionárias dos missionários da Consolata no continente”.
Para o padre Patrick Simon Shija que trabalha na AMJV no Brasil, o encontro o impressionou “pela organização; pelo trabalho em equipe”. “Também deu luz para o nosso trabalho de AMJV ao mesmo tempo que abriu o espaço para os nossos trabalhos aqui no Brasil”.
Perguntado sobre a receita para conseguir vocações para missão aqui no Brasil disse que “a chave é cada missionário, a partir do lugar em que cada uma trabalha, ser chave para novas vocações missionárias da Consolata”.
O Encontro continental de animadores missionários e vocacionais da Consolata começou no passado dia 14 e terminou neste domingo 20, na casa regional Regional dos Missionários da Consolata, na zona norte da cidade de São Paulo.