Nós somos comunidade

Esta casa é uma família de missionários da Consolata

Por Paco e Geoffrey Boriga *
Foto: Arquivo IMC

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Os apóstolos deixaram de lado tudo para viver numa comunhão profunda de partilha com Jesus. Devagar se habituaram a pensar a vida a partir Dele e segui-Lo. Nosso seminário teológico, Padre João Batista Bísio, em São Paulo, procura seguir esse modelo inspirador, baseado na comunidade apostólica e no carisma deixado para nós por nosso fundador, o Bem-aventurado José Allamano, para nos tornarmos missionários.

A unidade na diversidade é a marca principal desta querida comunidade porque seus membros vêm do norte, do sul, do oriente e do ocidente. Nosso seminário é o ponto para o qual convergiram jovens provenientes de vários paí-ses: Espanha, Congo, Tanzânia, Moçambique, Quênia, Uganda e Colômbia, formando uma comunidade de filhos do Allamano, para um dia partir para as várias fronteiras onde a Consolata atua. A diversidade cultural é uma das grandes riquezas que nos ajudam na capacitação missionária, na compreensão e valorização do diferente e na própria autocompreensão.

Para conseguirmos caminhar juntos necessitamos de um projeto comunitário, no qual cada um é formando e formador. Estamos todos comprometidos com as etapas e com os meios para alcançar esse objetivo, coordenados pelo nosso formador que nos ajuda dia a dia na tarefa do discernimento.

Nosso fundador, o Bem-aventurado José Allamano, dizia com muita simplicidade quando acompanhava a formação: “esta casa é uma família de missionários da Consolata”. Para realizar esse desejo de Allamano, nos organizamos no trabalho comunitário dois a dois e em cada encontro semanal nos avaliamos em todas as dimensões: a comunhão de bens, o espírito missionário, de oração, de família, de comunhão, segundo as diretrizes da Família Consolata.

Entendemos que o espírito missionário se desenvolva a partir da autodoação, tanto nas atividades internas como nas nossas pastorais, dando prioridade às causas missionárias: a animação missionária e vocacional, a pastoral indigenista, a pastoral afro e a pastoral urbana. Na comunidade, o espírito de família é também muito saliente nas comemorações de aniversário e momentos de recreio e lazer.

Momentos fortes de nossa vida cotidiana são a Eucaristia e a partilha semanal das experiências pastorais realizadas no fim de semana. A nossa espiritualidade se nutre também de outros momentos de oração comunitária. Como parte integrante da nossa formação, nós levamos a sério a nossa formação intelectual para nos prepararmos melhor para a missão. Quase a metade do nosso dia é consagrada ao estudo teológico.

* Francisco de Asís Jesus López Vazquez (pe. Paco) é diretor do Seminário Teológico Pe. João Batista Bísio, em São Paulo e Geoffrey Boriga Ong’era é estudante e seminarista queniano.
(CC BY 3.0 BR)