Emanuele Gavosto, o pároco, italiano de coração brasileiro que desembarcou no país há mais de 40 anos, e seus vigários Ghibaudo Oreste, jovem de 96 anos, também italiano, e Mário Silva, português
Por Emanuele Gavosto e Gabriel Carvalho *
No mês de junho, a Paróquia Nossa Senhora Consolata, situada no centro da capital federal, completa meio século de existência e evangelização. Nascida no meio das árvores tortas e sob o sol quente do cerrado, a comunidade cresceu como cresceu a capital dita “mais modernista do mundo”: plural, diversificada em todos os seus aspectos, com irmãos e irmãs vindos do extremo norte e do extremo sul do país. Animada pelos missionários quase sempre estrangeiros, desde sua primeira hora, a paróquia se firmou como referência para toda a Igreja de Brasília, de onde surgiram numerosas famílias, dezenas de catequistas, líderes religiosos e políticos, e até um sacerdote diocesano, hoje pároco de uma desafiadora localidade da periferia nos arredores do Distrito Federal.
Construída em uma área que reúne residências, comércio e órgãos públicos, a paróquia se envolve nesses três mundos com sua vocação essencialmente missionária. Hoje, a comunidade é guiada por três sacerdotes: Emanuele Gavosto, o pároco, italiano de coração brasileiro que desembarcou no país há mais de 40 anos, e seus vigários Ghibaudo Oreste, jovem de 96 anos, também italiano, e Mário Silva, português. Além disso, conta com a presença valorosa e indispensável das missionárias da Consolata, que se dedicam à Escola Anjo da Guarda, uma instituição de educação infantil muito reconhecida, e ao serviço missionário em várias frentes. A família missionária da Consolata, porém, chegou antes mesmo da paróquia e quando o centro de Brasília ainda estava sendo erguido. As primeiras ações foram nas cidades de Planaltina e Sobradinho, a 45 e 20 km de Brasília, respectivamente. Em 1964, firmando-se na área onde estão até hoje, os missionários construíram o Colégio Paulo VI, atualmente ampliado e transformado em faculdade por um grupo educacional, com o nome de Colégio e Faculdade JK, homenagem ao presidente que idealizou e realizou Brasília.
Dentro das comemorações do Jubileu de Ouro, a comunidade promoverá um amplo e inédito mutirão de visitas missionárias, com o objetivo de ir ao encontro de cada família que habita a região onde está a paróquia. Além disso, um esforço pastoral corajoso de renovação das estruturas e atividades paroquiais está igualmente no centro das reflexões jubilares, sempre no intuito de revelar cada dia mais o rosto da Igreja acolhedora, de braços e portas abertas para as pessoas, e da Igreja a caminho, peregrina neste chão, casa e escola de comunhão. A festa, que será de 13 dias (trezena preparada e realizada pelas “comunidades da comunidade” com quatro dias especialmente festivos, estes com a presença integral do arcebispo metropolitano), ainda contará com a Cerimônia de Dedicação da Igreja Matriz de Nossa Senhora Consolata e encontros de Juventude e das Famílias.