Equipe Itinerante dos Missionários da Consolata priorizam assistência humanitária aos indígenas Warao e Kariña.
da Redação
Fotos: SPM
Em um esforço conjunto para apoiar as comunidades indígenas, os Missionários da Consolata estão desempenhando um papel fundamental em Roraima, Brasil. Sua ação solidária tem como foco as comunidades indígenas Warao e Kariña, que enfrentam dificuldades decorrentes da crise na Venezuela e da falta de terras agricultáveis.
A Equipe Itinerante do Instituto Missões Consolata em Boa Vista, Roraima, está priorizando a assistência humanitária aos indígenas Warao, que constituem a segunda maior etnia indígena da Venezuela. Essas comunidades têm enfrentado desafios há décadas, devido às ações governamentais e empresariais que afetaram seu modo de vida tradicional.
Desde 1920, a salinização do rio Orinoco forçou os Warao a abandonarem suas terras ancestrais e a se estabelecerem próximos a vilas e cidades, onde muitos deles se tornaram mão de obra barata para a indústria madeireira. Com a crise econômica na Venezuela, a ajuda governamental cessou, deixando os Warao dependentes de cestas básicas. Isso intensificou o movimento de migração dessas comunidades em busca de comida e tratamento de saúde, levando muitos deles a Roraima, Brasil.
Os Missionários da Consolata, em colaboração com o projeto Caminhos de Solidariedade, liderado pela Diocese de Roraima, CNBB, Cáritas Brasileira e o Serviço Pastoral do Migrante, estão desempenhando um papel vital na acolhida, proteção, promoção e integração dos imigrantes, incluindo os indígenas Warao, em todo o Brasil.
Recentemente, a Pastoral dos Migrantes da Diocese de Roraima realizou uma visita às comunidades indígenas Warao e Kariña nos municípios de Bonfim e Cantá, no interior de Roraima. A visita teve como objetivo entender a situação dessas comunidades e avaliar os serviços prestados nos projetos PCPR e Solidariedade Suíça. Mais de 23 famílias, a maioria pertencente à tribo Warao, foram alcançadas por essa iniciativa, demonstrando o compromisso da comunidade diocesana em apoiar e entender as necessidades das comunidades indígenas na região.
Durante a visita, foram constatados avanços significativos, incluindo melhorias nas condições de higiene com a instalação de banheiros nas comunidades. Além disso, os projetos PCPR e Solidariedade Suíça forneceram cartões multiuso, kits de higiene e suprimentos alimentares essenciais para as famílias. Um dos aspectos mais notáveis desse progresso é o acesso à educação para as crianças das comunidades, que agora têm a oportunidade de receber educação formal.
No entanto, a falta de terras agricultáveis continua sendo um desafio enfrentado por essas comunidades indígenas. As famílias estão buscando alternativas de sustento por meio de trabalho nas ruas e produção de artesanato, demonstrando resiliência e criatividade.
A visita da Pastoral dos Migrantes destaca a importância contínua de apoiar essas comunidades indígenas em sua jornada rumo a uma vida melhor. À medida que enfrentam desafios complexos, a solidariedade e o apoio contínuo da sociedade são cruciais para garantir que todas as pessoas tenham a oportunidade de viver com dignidade, independente de suas circunstâncias. A ação dos Missionários da Consolata é um testemunho inspirador de como a comunidade global pode fazer a diferença e construir um futuro mais brilhante para todos.