75 anos da Consolata em Portugal

Fazer memória é viver de novo a vida passada na vida presente, de olhos postos no futuro», realça a congregação

Por Agência Ecclesia

O Instituto Missionário da Consolata completou no sábado, dia 16 de fevereiro,  em Fátima, 75 anos de presença em Portugal, com uma peregrinação ao santuário de toda a família da congregação, cuja ação no país abrange os mais variados setores pastorais.

Numa mensagem dedicada a este jubileu, partilhada com a Agência Ecclesia, o Instituto Missionário da Consolata recordou e agradeceu a todos quantos “no passado, no presente e no futuro” contribuem com o seu “sacrifício” para que “a Igreja de Cristo seja difundida pelo mundo”.

“Fazer memória é viver de novo a vida passada na vida presente, de olhos postos no futuro”, pode ler-se.

A 29ª Peregrinação da Família Missionária da Consolata a Fátima aconteceu em referência ao dia litúrgico do Bem-aventurado José Allamano, fundador do referido Instituto a nível internacional.

A iniciativa começou às 9h30, com o acolhimento aos participantes junto ao Seminário da Consolata, e prosseguiu com uma Via Sacra até aos Valinhos.

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Pe. Eugênio Butti, Superior dos Missionários da Consolata em Portugal.

Na parte da tarde, uma Missa festiva na Basílica da Santíssima Trindade, pelas 15h30, e posteriormente a Família da Consolata foi está convidada a seguir em procissão até à Capelinha das Aparições, para a saudação e consagração a Nossa Senhora.

A peregrinação da Família Missionária da Consolata à Fátima, no âmbito dos 75 anos da presença da congregação em Portugal, começou sexta-feira à noite, com uma vigília juvenil às 21h00.

Os Missionários da Consolata chegaram a Portugal em 1943, pela mão do padre João de Marchi, e desenvolveram a sua atividade a partir de Fátima com uma preocupação inicial pela animação missionária e vocacional, e pelo acolhimento e formação de candidatos ao sacerdócio e à vida religiosa.

Atualmente, o trabalho da congregação estende-se por um conjunto diversificado de áreas, como podemos ver no site oficial.

A sua ação envolve a “pastoral missionária nas paróquias”; a evangelização, em especial “dos mais pobres e das minorias”; a pastoral juvenil, na formação dos mais novos, na “proposta da vocação à vida consagrada e ao laicado missionário”.

O Instituto Missionário da Consolata está envolvido também “na promoção da justiça e da solidariedade”, através da concretização de “projetos missionários e de causas humanitárias mundiais”.

Destaque também para a presença em setores como a comunicação social, “dando a conhecer e apoiando a atividade missionária através da revista ‘Fátima Missionária’ e dos sites do Instituto”; na cultura, “através do Consolata Museu de Arte Sacra e Etnologia”, e no Turismo Religioso, “acolhendo peregrinos de Fátima e apoiando causas missionárias”.

A comemoração dos 75 anos da presença do Instituto Missionário da Consolata em Portugal, que vai prosseguir até 3 de outubro deste ano, inclui também a abertura de uma exposição temporária no Consolata Museu – Arte Sacra e Etnologia, em Fátima, dedicada a esta efeméride.

Com o nome ‘Consolata – 75 anos em Portugal’, esta mostra vai permitir aos visitantes, até 26 de maio, contatar com as histórias e memórias do Instituto, com especial realce para a fundação do Seminário de Nossa Senhora de Fátima, hoje Seminário da Consolata, inaugurado em 1950.

“Pretende-se com este evento comemorativo, dar a conhecer alguns dos principais momentos da presença dos missionários da Consolata em Portugal, dando ênfase ao fundador do Instituto no nosso país, o Padre João De Marchi (1914-2003) como educador, formador, fundador e valoroso missionário da Mensagem de Fátima no país e no mundo”.

A exposição conta com a colaboração do CEHR – Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa de Lisboa, através da investigadora Margarida Rézio, com pós-doutoramento em História Religiosa.

Através deste projeto é possível também ficar a conhecer a “fisionomia espiritual do padre João De Marchi” e também do “cônego Manuel Nunes Formigão, fundador da Congregação das Irmãs Reparadoras da Nossa Senhora de Fátima”, e primeiro investigador dos acontecimentos da Cova da Iria, a partir de 1917.

Além de Fátima, a Consolata tem atualmente comunidades de vida missionária em Águas Santas (Maia), Cacém, paróquia de São Marcos, Lisboa (casa provincial) e Zambujal (Amadora), também nas paróquias de Palmeira (Braga), Lavos e Alqueidão (Figueira da Foz).

Fonte: www.agencia.ecclesia.pt