Carta de solidariedade

Encontro de missionárias e missionários IMC-MC na Amazônia, Manaus, outubro 2018. Foto: Arquivo

Missionários e missionárias da Consolata inseridos na Pan-Amazônia e em outras presenças com povos indígenas, recebem carta de solidariedade e apoio.

Por Redação

“Neste momento em que a pandemia de Covid-19 assola o mundo causando perdas e sofrimentos às comunidades indígenas e populações da Amazônia, queremos manifestar a nossa solidariedade e apoio ao vosso testemunho”. É o que diz uma carta enviada pela Conselheira Geral e pelo Conselheiro Geral para América das missionárias e dos missionários da Consolata, a Irmã Maria Conceição Nascimento da Silva, MC, e o Pe. Jaime Carlos Patias, IMC, respectivamente.

A mensagem destaca a situação dos povos indígenas agravada pela pandemia de coronavírus e agradece pela presença consoladora das Irmãs, dos padres e Irmãos nas comunidades. “Com a crise ficou ainda mais evidente a situação de descaso, exclusão e ameaças que estes povos vêm sofrendo. A vossa presença humilde, evangélica e solidária em seu meio é sinal de consolação e profetismo. É louvável que tenham permanecido firmes partilhando suas dores e alegrias”.

Irmã Maria Conceição e Pe. Jaime C. Patias em Roma.

Leia a íntegra da carta

Muitas pessoas consagradas gastaram as suas energias e grande parte da sua vida pelo Reino de Deus na Amazônia. A vida consagrada, capaz de diálogo, síntese, encarnação e profecia, ocupa um lugar especial nesta configuração plural e harmoniosa da Igreja amazônica” (QA 95).

Aos missionários e missionárias da Consolata na Pan-Amazônia e em outras presenças com povos indígenas. Paz e consolação.

Neste momento em que a pandemia de Covid-19 assola o mundo causando perdas e sofrimentos às comunidades indígenas e populações da Amazônia, queremos manifestar a nossa solidariedade e apoio ao vosso testemunho. Com a crise ficou ainda mais evidente a situação de descaso, exclusão e ameaças que estes povos vêm sofrendo. A vossa presença humilde, evangélica e solidária em seu meio é sinal de consolação e profetismo. É louvável que tenham permanecido firmes partilhando suas dores e alegrias. Mesmo aonde os recursos não são suficientes, e os missionários e missionárias são poucos, a vossa presença feita de pequenos gestos em favor da vida revela a misericórdia de Deus. Muito obrigado pela vossa generosidade e doação.

Reconhecemos, também, que o vosso testemunho nos faz mais fiéis ao nosso carisma ad gentes por meio da evangélica opção pelos povos indígenas e pela Amazônia. Ao longo dos anos, os nossos missionários e missionárias aprenderam a caminhar com os indígenas, camponeses, quilombolas, ribeirinhos, imigrantes e as periferias. Articulando e somando forças com a Igreja local, tecendo rede com outras congregações e organizações no território, seguem comprometidos com uma missão encarnada. Além disso, a participação, desde as suas origens, na Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM) vem fortalecendo a sinodalidade e a continentalidade.

Em sintonia com o Projeto Missionário Continental (IMC) e o caminho de cada comunidade nos diferentes territórios como uma única Região (MC), vos animamos a intensificar os esforços para implementar as propostas na Pastoral Indígena e na realidade amazônica, conforme programado, seguindo a coordenação das comissões.

O recente Sínodo para a Amazônia foi uma bênção para toda a Igreja. O Documento final e a Exortação Apostólica “Querida Amazônia” do Papa Francisco, lançam luzes para vivenciar uma missão sempre mais inculturada e encarnada. Em espírito de sinodalidade, desejamos que todo esse rico conteúdo se traduza em frutos concretos de evangelização.

Que a bênção da Mãe Consolata, o espírito do Pai Fundador, a proteção das Bem-aventuradas Irene Stefani e Leonella Sgorbati e a coragem dos mártires de Argélia, vos guiem sempre.

Com a nossa prece,

Roma, 20 de agosto de 2020.

Ir. Maria Conceição Nascimento da Silva, MC

Conselheira Geral para América

Pe. Jaime Carlos Patias, IMC

Conselheiro Geral para América