de Giacomo Mazzotti
Todos têm esperança que a causa de padre Cafasso logo termine. A sua característica é a confiança em Deus e a tenho testemunhado também eu no processo: rezemos! Prometeram-me que sairá o decreto dele onde se diz que praticou as virtudes de forma heroica.
Terça-feira, 15 (fevereiro, 1921) em Roma teremos a sessão sobre as virtudes do nosso Venerável Cafasso: as outras duas sessões precedentes foram muito boas, não podiam ser melhores, com votos todos favoráveis. Isto é difícil e acontece raramente que tenha os votos de todos os consultores e dos cardeais da Congregação. De fato, não só todos deram voto favorável, mas o deram com entusiasmo. Agora tudo depende do papa.
Há o belo costume, quando esta primeira sessão é feita, de implorar as luzes do Espírito Santo e fazer a exposição pública do Santíssimo Sacramento em Roma, ou na terra natal do Bem-aventurado. Como outras vezes, nós preferimos fazê-la na Consolata, porque é aqui que o Cafasso tem mais devotos, mais pessoas o conhecem, e depois estamos nós... e depois porque o ‘Convito Eclesiástico’ era como o sua casa. Portanto, faremos esta função. São tantas as comunidades que tem conhecido o nosso Venerável e muitos institutos turinenses já estão inscritos para vir e fazer a adoração. Virão também vocês e as irmãs... virão durante todo o dia.
Co-fundador
Também os salesianos mandaram os artesãos das 7h às 8h, os estudantes das 14h às 15h e a representação dos salesianos nas várias horas do dia quando podiam. Isso é legal. Reconhecem que o nosso padre Cafasso é quase um seu co-fundador. De fato era ele que quando todo o mundo batia em padre Bosco aqui e acolá, dizia: "Deixem-no fazer!"; o socorria com conselhos e especialmente com ajuda material. Padre Bosco me dizia sempre: "quando jovem, estive com ele por quatro anos... e se fiz qualquer coisa, o devo ao padre Cafasso... "
O cardeal Cagliero me escreveu uma carta, que recebi esta manhã, onde me dizia: anuncio a você uma grande alegria. Na sessão estávamos presentes, além do Santo Padre, 22 consultores da Congregação dos Ritos e 10 cardeais, e todos (sublinhado) disseram que Cafasso praticou todas as virtudes de modo heroico.
A causa levou 65 anos, mas ao fim, terminou bem: agora ele goza, no Paraíso, o prêmio de tantas fadigas e a nós deixa luminosos exemplos: especialmente a caridade ao próximo e para com os pobres. Os cardeais em Roma insistem: "em dois ou três anos o faremos santo. Cabe a vocês fazerem com que se torne santo, rezando para obter por meio dele muitas graças e também milagres".