Os missionários celebram este ano os 70 anos, as missionárias no próximo. Festa em Roraima!
Por Stephen Ngari*
Os missionários e as missionárias da Consolata, junto com a diocese de Roraima, celebraram no domingo, 21 de outubro, Dia Mundial das Missões, a missa de ação de graças pelos 70 anos de sua presença na diocese. O bispo Dom Mario Antônio da Silva presidiu a celebração com a concelebração de 11 missionários da Consolata e dois padres diocesanos.
A assembleia que lotou a catedral, Cristo Redentor, no centro da cidade de Boa Vista, Roraima, deve sua origem cristã e formação às bases da missão da família Consolata. As missionárias da Consolata aproveitaram da mesma missa para abrir suas festividades de 70 anos que continuarão até outubro do ano que vem, uma representação expressiva da vida religiosa consagrada.
Desde o início da missa, o bispo agradeceu a Deus pelos trabalhos dos missionários da Consolata nestes 70 anos e a comunhão que continua até agora. Na sua homilia, o presidente destacou Boa Vista e a diocese de Roraima como a porta de entrada dos missionários na Amazônia. Segundo o prelado, a missão dos missionários da Consolata se confunde com a história da diocese e do Estado de Roraima. Uma história de coragem e serviço à vida nas terras de Roraima.
Na missão, os missionários beberam o cálice da vida dos mais pobres, das comunidades indígenas, das comunidades ribeirinhas, das comunidades do interior, das comunidades das periferias dos mais perseguidos e sofridos. Foi um ato de coragem revelar a encarnação das palavras de Jesus, “servir e não ser servido”. Os missionários promoveram a vida dos povos do estado em todos os sentidos.
Beber o cálice envolveu também a entrega de vida: alguns gastaram suas vidas na missão e outros foram mortos, por exemplo, Pe. João Calleri assassinado na missão de pacificação dos Waimiri-Atroari no ano de 1968.
Num ato de reconhecimento e agradecimento, o bispo apresentou à assembleia todos os missionários presentes pelo nome e seu local de missão. E acrescentou que os missionários servem não onde querem, mas aonde são enviados e onde há mais necessidades.
Aproveitou as leituras litúrgicas do dia para reforçar a missão com serviço, se colocar a serviço dos outros principalmente os mais vulneráveis da sociedade. A missão é se opor a qualquer tipo de prepotência, tirania, desmonte de direito, busca de grandeza e reconhecimento.
A missa também destacou a missão de interculturalidade e internacionalidade quando incluiu a música e a dança da entronização da palavra dos missionários em suaíli, língua da África oriental. A segunda leitura foi proclamada em macuxi e o conto pós-comunhão foi também em macuxi.
No final da celebração o padre Manuel Loro, superior regional, fez seus votos de agradecimentos a diocese, ao bispo e a todos que apoiam e colaboram com os missionários da Consolata no seu trabalho de consolação. No gesto simbólico de acolher as irmãs missionárias da Consolata que chegaram um ano depois dos missionários e que estão começando seu ano celebrativo, o superior entregou à Ir Elisa Pandiani, MC, uma relíquia do pai José Allamano.