Santa Teresa do Menino Jesus tornou-se santa com as pequenas coisas; ela tinha uma vontade de ferro.
Fazer tudo para agradar Nosso Senhor e fazer sempre a vontade de Deus era o seu método. (José Allamano)
O Santuário de Loreto, na Itália, é famoso porque conserva no seu interior a “Casa de Nazaré”.
Numerosíssimos são os peregrinos, que, muitas vezes passando por Roma, aproveitam para uma visita àquela que foi a morada de Jesus, Maria e José.
Num dos corredores do Santuário foi colocada uma placa de mármore, com os nomes dos santos e Bem-aventurados, que passaram para visitar a “casa santa”.
Olhando a lista dos visitantes, não pode fugir este pequeno detalhe: entre os nomes, dois, um perto do outro: o Bem-aventurado José Allamano e Santa Teresa do Menino Jesus. Eles deixaram ali seus nomes, como peregrinos comuns, obviamente sem se conhecerem, em datas diferentes, passaram pelo Santuário de Loreto, antes de visitarem o papa Leão XIII, por ocasião do seu jubileu sacerdotal. Era 1887 e, menos de dez anos depois, Teresa, que se tornara monja carmelita, partia para o céu. No entanto, a fama da pequena Teresa de Jesus começou a se espalhar rapidamente, alcançando em Turim os dois Institutos Missionários há pouco fundados por Allamano. A vida, os escritos, a espiritualidade de Teresa, mas, sobretudo o seu espírito missionário tinham chamado a atenção de Allamano que ali reconheceu uma estreita sintonia com o seu pensamento e estilo.
A Santa de Lisieux
Na Santa de Lisieux, ele encontrava não só o desejo de salvar almas até os confins de mundo, mas as indicações claras de como trabalhar - fazendo o bem, bem feito, sem barulho, ou grandes gestos, passando pela “pequena via” da criança que confia nas mãos de seu Pai, acreditando. Por isso, antes mesmo de ter sido proclamada Bem-aventurada, o fundador a propôs aos seus missionários e missionárias, como protetora do ano (1923), porque Teresa, “mesmo não tendo feito grandes coisas tornou-se santa agindo nas pequenas coisas. Padroeira do Ano, também porque rezou muito pela causa missionária e protegia os missionários”.
Em 1924, por vontade de Allamano, relizou-se um tríduo de orações em honra da nova Bem-aventurada. Assim foram comentados no diário da casa: “o tríduo em honra da Bem-aventurada Teresa de Lisieux passou muito rápido, mas fecundo de ensinamentos, emoções e até de propósitos. Encorajou-nos a aceitar o desafio a nós lançado pela jovem carmelita... Não será possível que em amor a Jesus Cristo, nós, da heroica estirpe dos apóstolos (!) fiquemos como segundos? Que ela nos ajude nesta nobre batalha”.
A atenção e a devoção do Allamano pela pequena grande carmelita, passaram assim, sem forçar, de uma forma quase natural, aos seus filhos e filhas missionários.