Encerramento do Ano do Allamano

Dois momentos importantes encerraram o Ano dedicado ao fundador dos Missionários e das Missionárias da Consolata, o Bem-aventurado José Allamano: uma romaria ao Santuário Nacional de Aparecida, em Aparecida, dia 24 de janeiro e uma peregrinação ao Santuário Santa Terezinha, dia 15 de fevereiro, em São Manuel, cidades do estado de São Paulo.

Por Paulo Mzé e Jaime Carlos Patias *
Fotos: Cleber Pires

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Mais de mil romeiros, vindos de várias paróquias e comunidades onde trabalharam ou ainda trabalham os missionários e as missionárias da Consolata no Brasil participaram de uma celebração às 9h00 no Santuário de Aparecida, transmitida pela Rede de Comunicação e Evangelização Aparecida, no dia 24 de janeiro. Dentre numerosos concelebrantes, a missa foi presidida pelo bispo da diocese de Estância, SE, dom Giovanni Crippa, também missionário da Consolata. Dom Giovanni falou do amor de Deus como fonte da missão Ad Gentes: “conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria”.

Após a celebração eucarística, os romeiros foram acolhidos no auditório Padre Noé Sotillo, nas dependências do Santuário. No auditório, os diversos grupos participaram de momentos de oração e cantos. Destaque foi a apresentação dos jubilares, tanto dos missionários, quanto das missionárias da Consolata. Na ocasião, a superiora das missionárias da Consolata no Brasil, irmã Anair Voltolini, convidou a todos para participar das várias atividades propostas em prol da beatificação no dia 23 de maio de 2015, da missionária da Consolata, irmã Irene Stefani, no Quênia.

São Manuel

missionarios_da_consolata_marco2__2015São Manuel, a 260 quilômetros da capital paulista, foi a cidade escolhida para encerrar o Ano do Allamano no dia 15 de fevereiro, pois foi lá que em 1937, o padre João Battista Bísio, primeiro missionário da Consolata no Brasil, chegou. Com os padres Afonso Durigon e Pedro Calandri, Bísio assumiu a tarefa de terminar a construção do Santuário da Padroei-ra das Missões, mas também de buscar vocações e recursos para as atividades da congregação na África. Voltando ao berço da Consolata no Brasil, 78 anos depois, os peregrinos encontraram como pároco, James Mwaura, um padre do Quênia, país berço do Instituto Missões Consolata (IMC) na África, aonde em 1902, Allamano enviou seus primeiros quatro discípulos.

O Santuário que abriga os restos mortais do padre Bísio, falecido em 1947, lotou para a missa presidida pelo padre Salvador Medina, conselheiro geral do IMC. Irmã Anair Voltolini, superiora das missionárias da Consolata no Brasil destacou a dedicação das religiosas que trabalharam no Seminário, na pastoral, na ação social e em dois hospitais de Botucatu. “A missão deve estar na mente, na boca e no coração, em todo ser. Aquilo que eu assumo é pra valer”. Essa reflexão também esteve no centro do Retiro anual da Família Consolata realizado em São Paulo entre os dias 9 e 14 de fevereiro, como parte das atividades do Ano do Fundador.

missionarios_da_consolata_marco3__2015O superior provincial do IMC, padre Luiz Carlos Emer, por sua vez, expressou a alegria de estar no “berço da Consolata no Brasil” e afirmou: “não podemos ficar no passado, mas olhar para o presente e o futuro. A Igreja que recebeu tanto não pode ficar fechada em sua missão. Queremos sair daqui inspirados”.

Padre Durvalino Condicelli é o único missionário da Consolata filho da cidade. Ele recorda que quase uma centena de missionários trabalharam em São Manuel. “A cidade ficou conhecida através deles e dos que levaram o seu nome aos quatro cantos do mundo, inclusive na Coreia do Sul e Mongólia, na Ásia”.

A Peregrinação terminou com um almoço de confraternização para cerca de 350 pessoas no Clube Recreativo da cidade.

* Paulo Mzé, imc, é diretor da revista Missões. Jaime Carlos Patias, imc, é secretário nacional da Pontifícia União Missionária.
(CC BY 3.0 BR)